MINHA VIDA EM GG

Nunca é fácil aceitarmos nosso peso, ou melhor, nos mesmos. Eu tenho um histórico de saúde bem complicado, desde obesidade mórbida a ...

Carolina Souza

Nunca é fácil aceitarmos nosso peso, ou melhor, nos mesmos. Eu tenho um histórico de saúde bem complicado, desde obesidade mórbida a anoréxica extrema. Quando era mais nova na casa dos meus 13 anos eu tinha um corpo de violão, sendo uma criança não entendia nada de peso e excesso de gordura, só entendia que eu tinha desenvolvido de uma maneira diferente das minhas amigas.

Os anos foram se passando e aprendi o que era ser obesa, acabei desenvolvendo uma fascinação extrema por comida, o que gerou uma rara doença de pele e noites em claro chorando por ser humilhada no colégio. Eu não entendia o que estava acontecendo, uma hora tudo entrava em outra nada cabia, vestia roupa de adulto aos 15, meus “amigos” de colégio invés de me ajudarem apenas me zoavam das piores coisas possíveis. Foi então que tomei coragem e jurei que iria emagrecer e ficaria linda, eu substitui alimentos industriais por naturais e fazia longas caminhadas pela noite. De 100 KG fui para 75KG, me senti vitoriosa, podia ter parado ai, mas, preferi continuar até que passei a substituir alimentos por água, e as caminhadas ficaram mais longas e eu mais magra, tenho 1,70 meu peso estava ideal para a minha anatomia, mas passei disso para 60KG.

Todos me olhavam e sorriam perguntando o que eu estava fazendo para ficar magra, mal eles sabiam que era dias sem comer. Fiquei aproximadamente um ano assim, até que fui engordando aos poucos não me sentia bem magra daquela forma. Depois que engordei de forma natural, aprendi a me controlar e mesmo quando engordo eu trato de emagrecer, esse processo de aceitação vem de anos, hoje posso dizer que sou linda com as minhas curvas e pneus, se alguém me chama de gorda eu digo que sou, e aceite que irá doer menos na pessoa.

Eu como de tudo e amo atividade física, não fico um dia sem uma caminhada pela tarde e academia pela manhã, não faço isso pelas pessoas, mas, por mim. Tive que aprender da forma mais cruel que nunca iria ficar agradável pra ninguém, e estava tudo bem, pois estando agradável pra mim era o bastante pra viver! Tem roupas que entram outras não, mas não ligo, o importante é que acordo e durmo sorrindo.

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